9.8.06

...Ele prendeu o dia no buraco do olho. Um engano. Os cílios cerrados encarceraram a cena. Quem morava na retina, chamava-se pupila. Ele prendeu a pulsação nas pálpebras. Um dia, num golpe de vista, o dia desprendeu-se liquido. Ele abriu o olho pra catar uma por uma. A luz do dia, contrariada, ofuscou a vista. Ele aprendeu aquele dia no olho.

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