30.1.08

Imagem: Bruno Cecim
E nada mais será outro dia senão por ela. Que acontece mansa nas horas de sono. Com sarro da voz amanhecida. Emaranhada ainda em um pescoço distante com a unha doente de sobras de carne.

Agora ela atende às horas e espera. Um pouco pensa, um pouco corre batendo as mãos no jeans. Apensa em um sofá que a engole em flores azuis. Absorta nas nuances do teto com desenhos formados pela umidade. Ela quer a chuva e a tarde inteira de lilás. Ela quer a paz que não cabe, que não caiba, mesmo que acabe.

Nenhum comentário: