8.11.06


Relatório dos dias em que o amor não mata
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Ela quase vomitou o pragmático das relações humanas, mas não abriu mão do momento.
Ele segurou sua apatia nos abraços de mais fuga que acalanto.
Ela fingia-se de contente aos mais ébrios estranhos.
Ele prendia-se em outra direção. Atentamente.
Eles renderam-se a uma concordância de espaço - Ele entro braços - Ela nos abraços.
Ela engoliu a situação e cantou um samba sozinha.
Ele engoliu a situação e foi pra linha de frente.
Eles se encontraram. Ela falou - Ele sorriu. Ele questionou - Ela mentiu. Ele se apertou - Ela ganhou asas.
Ele falou, falou. Eles se falaram.
Ela olhou em seus olhos e quis que Ele entendesse o que Ela não podia falar.
Ele olhou nos olhos e fez que não entendeu - mas se demorou na incompreensão.
Eles permitiram pessoas no momento.
As pessoas não se permitiram a Eles.
Eles têm segredos que não se fala. Mas falaram, falaram pra não deixar que o silêncio denunciasse.
Ele tinha cia. . Ela tinha uma alegria da presença dele.
Ela se rendeu a cordialidade - Foi morna.
Ele atingiu ápices de fúria - Foi quente.
Ele levantou assuntos proibidos, impertinentes.
Ela viu uma espécie de entrega nessa reação.
Ela não reagiu, deixou que ele fosse todo.
Nesse momento Ele era Eles.
O samba ganhou o salão. Eles dispersaram.
Dispensaram mais uma oportunidade de serem.
Ele foi sem. Ela.Foi sem Ele.
Ficaram os outros.

Um comentário:

Luciana Lopez disse...

será que é isso mesmo que eu entendi?????????????????? Parafraseando um ex-chefe: "- MEU DEUS, EXCLAMAÇÕES!"
uallllllllllllllllll