18.6.08

Outono

Então me vêm os astros. Dominar aquilo que eu em sei. E eu me entrego toda em explosões estelares. Viro fagulhas de algum Big Bang interno. Uso termos coesos. E eu que nem sei.
Mas a esta altura, o que é bom pode durar toda a vida, e eu já não tenho a pressa presa aos cabelos. Eu entendo até o desacelerado das horas. E compro promessas para cumprir num dia de santo.Há tempos guardo num pano o plano de estarmos bem e só – e daqui, de longe, me parece ato solene. Então peço sirenes pela cidade. Que me alardeiem do quanto distante é o querer da pelugem da sua nuca. Que nunca se anuncia. Diferente desta estação indefinida que me invade toda.

5 comentários:

L. Archilla disse...

estou sem palavras.

L. Archilla disse...

e continuaria lendo os textos se não tivesse gasto toda a minha cota diária de abstração.

beijo, nega!

L. Archilla disse...

eu sei q já deixei 2 comentários, mas li de novo e precisava dizer de novo q é lindo.

carloz disse...

amei cada palavra de seu outono. manhãs e manhãs, maíras e maíras - amor sóbrio

Anônimo disse...

outono é sempre melancolia.
mas com suas cores fica mais, mais, mais primavera, talvez. uma primavera de tons pastéis.
aquarela de palavras.